quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Índice de preços de alimentos da FAO tem recorde de alta


Índice atingiu maior patamar desde o início da série histórica, em 1990.
Preços deverão continuar subindo nos próximos meses.

Os preços mundiais de alimentos atingiram recorde de alta em janeiro, disse a FAO, o órgão das Nações Unidas para agricultura e alimentação, nesta quinta-feira (3), acrescentando que o movimento deve persistir.

O índice subiu pelo sétimo mês seguido, registrando o maior patamar desde o início da série histórica, em 1990, a 230,7 pontos em janeiro, contra 223,1 pontos em dezembro. Os preços de todos os alimentos tiveram fortes ganhos, exceto o da carne, que ficou inalterado.

O aumento dos preços dos alimentos é de grande preocupação, especialmente para países de baixa renda com déficit de alimentos - que podem enfrentar problemas em financiar as importações - e famílias pobres que gastam a maior parte da renda com alimentação, disse Abdolreza Abbassian, secretário do Grupo Intergovernamental para Grãos da FAO.

O índice da FAO, que mede a variação da mensal das cotações de uma cesta de commodities, é acompanhado de perto por analistas e investidores como uma referência global das tendências de preço dos alimentos.

Segundo Abbassian, mesmo um bom progresso do plantio de primavera nos próximos meses não será suficiente para controlar os preços, já que o clima permanecerá incerto.

Nos últimos oito meses, condições climáticas adversas, ou muito secas ou muito úmidas, afetaram os principais produtores e exportadores de alimentos do mundo, incluindo Rússia, Ucrânia, Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Austrália, Paquistão, Argentina e países do Sudeste Asiático.

Contribuições

De acordo com Abbassian, a turbulência política em alguns países, o enfraquecimento do dólar, problemas climáticos e a greve nos portos da Argentina contribuíram para alta dos preços no mês passado.

O indicador dos cereais subiu 3% em janeiro e tocou 245 pontos, maior patamar em 30 meses, embora 11% inferior ao nível histórico observado em abril de 2008. O do açúcar avançou 5,4% frente ao mês anterior, para um recorde de 420 pontos, enquanto o de óleos e gorduras aumentou 5,6%, para 278.

O índice do leite beirou 221 pontos no último mês, alta de 6,2% ante dezembro, ainda que 17% abaixo do pico registrado em novembro de 2007. Já o da carne ficou estável em 166 pontos, conforme o declínio dos preços na Europa diante do escândalo de contaminação por dioxina foi compensado por altas no Brasil e nos Estados Unidos. A FAO fez mudanças no índice de preço da carne para melhor refletir a estrutura do comércio mundial dos produtos. Contudo, a revisão não alterou significativamente o indicador geral dos alimentos. (Com informações da Agência Estado)

*Fonte: www.g1.com.br

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