Após retirada, manifestantes fazem marcha em praça no centro do Cairo
Cerca de 2.000 voltaram à praça Tahrir após saída de últimos acampados.
Exército dissolveu Congresso e suspendeu a Constituição do Egito.
Cerca de 2.000 manifestantes voltaram à Praça Tahrir, na tarde desta segunda-feira (14), horas após a polícia militar e soldados terem retirado as poucas dezenas de manifestantes anti-Mubarak que continuavam no local, no centro do Cairo, palco dos protestos das últimas semanas.
O tráfico de veículos voltou a ser interrompido, segundo testemunhas.
Três dias após a queda do regime, a maioria das faixas anti-Mubarak haviam sido removidas da praça, mas fotos de jovens egípcios mortos durante os protestos e chamados de 'mártires da revolução' continuam penduradas nos postos de iluminação pública.
Manifestantes protestam ao lado de militares nesta segunda-feira (14) na Praça Tahrir, no Cairo (Foto: Reuters)
No domingo, o governo militar do Egito dissolveu o Parlamento, suspendeu a Constituição e afirmou que pretende governar por apenas seis meses ou até que as eleições aconteçam.
Numa declaração, o Conselho Supremo Militar, que assumiu o poder depois que 18 dias de protestos puseram fim aos 30 anos de governo de Mubarak, prometeu fazer um referendo sobre emendas constitucionais.
A resposta inicial dos integrantes da oposição e de líderes do protesto foi extremamente positiva.
Bolsa
A Bolsa do Egito anunciou nesta segunda um novo adiamento na reabertura das operações, suspensas desde o fim de janeiro.
As sessões da Bolsa de Valores deveriam reabrir nesta quarta-feira, mas um dos responsáveis pela Bolsa do Egito, Khaled Siyam, disse que também não haverá operações nesse dia, tampouco na quinta-feira.
Siyam, no entanto, não confirmou se a reabertura será no dia útil seguinte, 20 de fevereiro.
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