quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Eu endosso: "Quem não gosta de samba, bom sujeito não é, é ruim da cabeça ou doente do pé"


Assim dizia o poeta Dorival Caymmi, autor da canção "Samba da minha terra": - "Quem não gosta de Samba, bom sujeito não é, é ruim da cabeça ou doente do pé". Esta música e letra marcou o início da carreira de Dorival Caymmi, e foi lançada pelo Bando da Lua em sua visita ao Brasil em 1940. "O Samba de Minha Terra" foi regravado por João Gilberto em seu elepê de 1961. E apresentado ao vivo no Carnegui Hall, em Nova Iorque no ano de 1964.

EU RECOMENDO: O pessoal aí da foto é do grupo "Só Diretoria". Em Imperatriz quem gosta de boa música, o melhor do samba, precisa conhecer a rapazeada. Contatos com Welligtona da Eletronorte e Bahia do Banco do Brasil. Ou também, com Dimas da UNISULMA.
Luis Nassif analisa eleição presidencial

Vejam análise de Luis Nassif publicada no site www.vermelho.org.br:

"Esquerdas somam 43% dos votosNum dos cenários da pesquisa divulgada ontem, Serra cai para 37%, Dilma fica em 16%, Ciro se mantém nos 15% e Heloísa chega de novo a 12%.
No cenário com Marina, as esquerdas chegam a 46% dos votos. O que fica claro na pesquisa é a tendência do eleitor manter a margem de 45%, mais ou menos, de preferência pelos candidatos de esquerda. A questão agora é saber quem carrearia mais votos num eventual segundo turno.Vou dar uma opinião muito pessoal: Ciro Gomes.
Por quê? Porque num outro cenário de pesquisa, sem Ciro, vê-se que boa parte dos votos dele vai para a Serra, mais do que aqueles que vão para Dilma. È que Ciro não agrada somente às esquerdas. Uma direita progressista está com ele. Além disso é quase impossível que eleitores de Dilma (claramente ainda o eleitor do PT e de Lula) e Heloísa Helena deixariam de despejar seus votos em Ciro. isso por pura rejeição a Serra. Mas o contrário, em favor de Dilma, não é verdadeiro. O eleitor de Ciro, como mostra a pesquisa, pode realmente ir a Serra, principalmente o eleitor antipático ao PT ou a Lula, ou ainda aquele eleitor que se afina com as direitas.
Dilma e Heloísa têm juntas uma margem considerável de votos: 28%. Se 80% desses votos forem para Ciro, a eleição está ganha. Como são eleitores antipáticos a Serra (de Dilma, porque são pró-Lula ou PT, de Heloísa, porque é um voto “ideológico”), isso não é difícil de acontecer.
Outra questão é em relação a Lula: o presidente não deixaria de subir ao palanque por Ciro. A identificação com ele no Nordeste seria natural, e claramente no Sudeste ele encontra trânsito.
Mas a principal questão que pesa a favor de Ciro é uma possível tendência do eleitor ter se saturado das opções PT-PSDB. O teto de Serra parece claro. O PSDB, com toda a mídia, com toda a escandalização, não consegue subir mais do que já tinha, por exemplo, nas eleições de 2002 e 2006. O patamar de Serra hoje é o mesmo do frágil Alckimin.A aporia em que se meteu a oposição explica isso. O discurso ético está esgotado. O discurso econômico não encontra confirmação nos fatos. O apelo à “competência” esbarra em problemas como os do Sul.
Mas, ao mesmo tempo, a falta de fatos novos pró-governo (habitações populares, PACs, bolsa família já foram digeridos, e não há tempo de lançar novos “produtos” sociais) impedirá grandes reviravoltas.A chance para Dilma fica por conta de uma campanha intensa contra Ciro no primeiro turno, caso ele volte a ganhar fôlego. Aí entre uma mudança incerta (por Serra) e um cenário econômico em recuperação e avanço, Dilma retomaria sua força.
E onde entraria o fator Marina? Se bem sucedida, só confirmaria o apelo a uma terceira via, ainda pela esquerda.
Os 16 anos de tensão monopólio PSDB-PT pode estar no fim."

terça-feira, 18 de agosto de 2009

DO POVO BUSCAMOS A FORÇA

PROFISSÃO DE FÉ POLÍTICA – Por DIMAS SALUSTIANO

Neste instante que se vai delineando a nossa candidatura para Deputado Federal em 2010, entendo que algumas palavras, mesmo que poucas, devem ser pronunciadas. Vamos às palavras...

Nada na vida me foi dado de graça, tudo foi conquistado. Nada que alcancei foi fácil ou teve interferência dos influentes e dos grupos poderosos, muito pelo contrário, veio de bastante esforço, suor e dedicação. Veio das lições de casa e da educação nas escolas públicas.

Tudo que tenho, devo a Deus, a seu Zé Salustiano, meu pai, sargento da Polícia Militar do Maranhão e às severas lições de D. Delcina, minha mãe; “Comer, estudo e taca”; “Quem come do meu pirão, apanha do meu cinturão”; e por aí foi... Assim venci na vida.

Venho do povo. De um povo pobre e sofrido. Disso jamais esquecerei e por isso mesmo, sempre estou por ali e por acolá, correndo beirada.

Do povo e não dos sentimentos das elites é que retiro a força das minhas convicções. E assim, diante de mais uma empreitada no território da política (para mim ainda muito nova), faço minha confissão de fé nas palavras de quem saiu de uma aldeia da África, na Angola colônia e se formou em Medicina na Europa. Estou a me inspirar nos versos de quem liderou uma revolução e venceu. Refiro-me aqui, a Agostinho Neto, líder do MPLA – Movimento para Libertação de Angola, primeiro Presidente da República Popular de Angola.

Por isso compartilho com todos os vigorosos versos revolucionários abaixo:

DO POVO BUSCAMOS A FORÇA

Não basta que seja pura e justa
a nossa causa.
É necessário que a pureza e a justiça
existam dentro de nós.

Dos que vieram
e conosco se aliaram
muitos traziam sombras no olhar
intenções estranhas.

Para alguns deles a razão da luta
era só ódio: um ódio antigo
centrado e surdo
como uma lança.

Para alguns outros era uma bolsa
bolsa vazia (queriam enchê-la)
queriam enchê-la com coisas sujas
inconfessáveis.

Outros viemos.
Lutar para nós é ver aquilo
que o Povo quer realizado.
É ter a terra onde nascemos.
É sermos livres para trabalhar.
É ter para nós o que criamos
Lutar para nós é um destino -
é uma ponte entre a descrença
e a certeza do mundo novo.

Na mesma barca nos encontramos.
Todos concordam - vamos lutar.

Lutar pra que?
Pra dar vazão ao ódio antigo?
ou pra ganharmos a liberdade
e ter pra nós o que criamos?

Na mesma barca nos encontramos
Quem há de ser o timoneiro?
Ah as tramas que eles teceram!
Ah as lutas que aí travamos!

Mantivemo-nos firmes: no povo
buscáramos a força e a razão

Inexoravelmente
como uma onda que ninguém trava
vencemos.
O Povo tomou a direção da barca.

Mas a lição lá está, foi aprendida:
Não basta que seja pura e justa
a nossa causa.
É necessário que a pureza e a justiça
existam dentro de nós.

(Poemas de Angola - Agostinho Neto)

ATO FALHO DE SEBASTIÃO MADEIRA



Convênio Prefeitura de Imperatriz - UNISULMA

Muito bem-humorado, o Prefeito Sebastião Madeira (PSDB) de Imperatriz, esteve na UNISULMA, sábado passado, 15 de agosto, em ato que celebrou o ingresso de novos acadêmicos do Curso de Educação Física, 45 no total, todos eles professores da rede pública municipal sem curso de nível superior na área.

Trata-se de um gesto de elevada estatura política, social e administrativa, sem dúvida alguma. Afinal de contas o Município tem o poder-dever de agir, neste caso para reparar uma ilegalidade, pois pela LDB todos os professores da rede pública devem ser no mínimo graduados.

Foi possível, sob um viés freudiano, perceber que ao elogiar sua equipe da Sec. de Educação, o Prefeito Sebastião, mesmo sem querer, parece ter feito uma crítica generalizada aos demais órgãos sob seu comando. Quando disse: “Acho que vou levar o pessoal da Educação para as outras Secretarias, para ver se as coisas melhoram por lá.”

E de fato, alguma coisa está fora da ordem.
Ou de cabeça pra baixo?(observem o detalhe: a posição da faixa)




FLÁVIO DINO PARA GOVERNADOR DO MARANHÃO

Pude constatar, depois de mais de cinco dias de permanência em Imperatriz, que ainda repercute muito positivamente as andanças do Dep. Federal Flávio Dino, PC do B, pela região Tocantina. Foi um gesto de elevada estatura política a destinação de R$ 400.000,00 de sua cota de emendas no orçamento para a cidade de Imperatriz.

No meu sentir deixou eventuais adversários surpresos. A partir da guinada de Flávio Dino para Governador e líder político maior, na construção de um projeto amplo que desemboca em uma alternativa real de poder, ao qual adiro sem pestanejar. Uma responsabilidade adicional, para mim se apresenta, junto com vários outros valorosos camaradas e companheiros de encarar a boa peleja eleitoral com vistas à Câmara Federal.

Vamos nessa...

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

DIREITO, MOVIMENTO ESTUDANTIL E COMBATE À CORRUPÇÃO

Nas passadas de Hanna Arendt é legítimo afirmar que há um direito anterior a qualquer outro, talvez o pressuposto de um direito posto. Este direito que antecede ao demais surge de uma idéia simples, mas que reivindica na sua concretude uma considerável dose de complexidade. A humanidade, os povos, os grupos, os indivíduos, nós todos, temos o direito elementar de termos direitos, daí a aspiração por novos direitos. É uma promessa diante da pluralidade e um compromisso para com o futuro. Temos assim, na igualdade o direito à diferença, na liberdade o direito de sonhar e na fraternidade a ambição de desejar um ambiente natural e social saudável.

Nessa perspectiva, a juventude de um modo em geral e o movimento estudantil particularmente tem dado uma especial contribuição para história da humanidade. Os homens e mulheres que fazem dos seus atos acontecimentos históricos, propugnam permanentemente por mudanças e na juventude este pensamento ganha vigor e pujança. No Brasil especialmente os principais acontecimentos políticos tiveram nos estudantes seus principais protagonistas, basta para isso compulsar nossa historiografia desde às lutas pela abolição da escravatura, passando pela oposição à ditadura militar, ida às ruas pelo impeachment de um Presidente da República.

De há muito, entretanto, um certo marasmo tem coberto o movimento estudantil. Muitas reivindicações foram atendidas, a maior parte das bandeiras sustentadas perderam atualidade e sentido. É verdade também, que muitos líderes da juventude, atualmente ocupam cargos nas diferentes estruturas do Estado. Talvez outros fatores também contribuam para um certo raquitismo deste importante movimento social, mas o fato é que um certo desencantamento é perceptível.

Mas, ouso arriscar, que esta história parece estar mudando. Uma sensível ampliação da classe média, o acesso nunca antes experimentado pelos setores empobrecidos ao mercado de consumo, além do ingresso de alunos da rede pública, afro-descendentes, índios, jovens trabalhadores rurais e urbanos no ensino superior são novos ingredientes que devem mudar bastante a relação entre estudantes, dirigentes e autoridades públicas das Universidades brasileiras.
Há uma nova espécie de luta dos estudantes brasileiros. A reivindicação hoje é por maior transparência, por gestões pautadas pela probidade administrativa, para que os dirigentes universitários passem a agir segundo o primado da legalidade, da honestidade e segundo os fins últimos das instituições de ensino superior, pôr em prática, em sintonia com a sociedade que a sustenta com a paga de impostos, ensino, pesquisa e extensão. Eis-nos, ante a essência desafiadora de uma Universidade verdadeiramente democrática.