O Brasil adotará mais medidas para controlar os movimentos de capitais se for preciso, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta sexta-feira. "Se houver um grande fluxo, então nós teremos de adotar novas medidas", disse em Paris para a reunião de ministros do G20.
Ainda segundo Mantega, os países do Bric (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) não estão de acordo com certos indicadores propostos pelo G20 para medir os desequilíbrios econômicos mundiais. "Concordamos em não tomar a conta corrente como indicador, mas sim a conta de bens e serviços", afirmou. "Não estamos de acordo em estabelecer um limite para a acumulação de reservas", acrescentou.
O saldo de contas correntes e as reservas cambiais são dois dos indicadores que alguns países do G20 de potências desenvolvidas e emergentes querem levar em conta para medir a saúde econômica de cada país na hora de enfrentar os atuais desequilíbrios mundiais.
Ele ressaltou que é preciso estimular a oferta, em particular nos países em desenvolvimento, assim como combater as subvenções que ainda existem e que distorcem os preços. O ministro admitiu que existe um problema de valorização de matérias-primas. A Presidência francesa do G20 estabeleceu entre suas prioridades lutar contra a volatilidade dos preços das matérias-primas, uma questão que passou para o primeiro plano da atualidade pelo encarecimento do petróleo e de alimentos básicos.
Os ministros das Finanças do G20 abrem nesta sexta-feira em Paris uma reunião de dois dias para buscar soluções para esses desequilíbrios econômicos, no primeiro encontro oficial sob a presidência francesa do grupo de potências desenvolvidas e emergentes.
Com informações da AFP.
*Fonte:http://not.economia.terra.com.br/
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