sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

STJ determina e PF realiza operação no TJ do Tocantins

(PALMAS) - Por determinação do Superior Tribunal de Justiça, a Polícia Federal deflagrou na manhã de ontem (16) a Operação Maet que fechou o Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins, cercou as casas da presidente Wilamara Leila, do vice presidente, Carlos Luiz de Souza e do desembargador Liberato Póvoa, com os três, levados a sede da PF para prestarem depoimentos. Horas depois, segundo informação prestada pelo presidente da OAB, subseccional Tocantins, Ercílio Bezerra, os três foram afastados dos cargos por decisão do relator do processo, ministro João Otávio de Noronha.

Com os trabalhos interrompidos pela manhã, quando o acesso ficou restrito a técnicos de informática e agentes, à tarde o TJ já funcionou normalmente, com a sessão comandada pelo desembargador Antônio Félix, que na condição de mais velho entre os desembargadores foi alçado à condição de presidente, e afirmou que semana que vem o Pleno escolherá dois novos desembargadores que substituirão Carlos Luiz e Liberato Póvoa. Em 1° de janeiro assume a presidenta já eleita, Jacqueline Adorno. Não foi informado que será o novo Corregedor Regional Eleitoral, cargo até então exercido por Póvoa.

Cerca de cento e vinte policiais federais, mais quatorze homens da Polícia Militar e da Polícia Civil, realizaram buscas em casas e escritórios de advocacia, para cumprirem nove mandados de busca e apreensão em cerca de 20 endereços em Palmas e Araguaína e oito mandados de condução coercitiva. Oito pessoas foram detidas (incluindo os três desembargadores) em Palmas, inclusive, dois advogados, Antônio Calçado Reis Júnior e Germino Moreti. Em Araguaína, outros dois, Joaquim Gonzaga Neto e José Carlos Pereira.

Em nota divulgada no final da tarde, o balanço da operação apresentou o seguinte resultado: apreendidos 375 mil reais em dinheiro, um veículo, computadores, "pen drives", documentos diversos, como escrituras e recibos, 5 armas de fogo e munições. Duas pessoas foram presas em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e uma foi presa por possuir ilegalmente munições. Além dos mandados cumpridos no Estado do Tocantins, no início da tarde, a PF cumpriu mais quatro mandados de busca e apreensão, sendo dois na cidade de Goiânia e dois na cidade de Rio Verde, no Estado de Goiás.

O núcleo de Comunicação da Polícia Federal informou que não existe um inquérito instaurado na superintendência do Tocantins. - Os procedimentos adotados na sede da Polícia Federal do Tocantins são de interesse do STJ. "Os delegados daqui fazem uma oitiva com os envolvidos para depois encaminharem ao STJ, ao relator, ministro João Otávio de Noronha"; e divulgou que, realizadas pelo Núcleo de Inteligência da Superintendência de Polícia Federal no Tocantins as investigações tiveram duração efetiva de seis meses. Nesse período, foi estimado que o grupo movimentou milhões de reais no Estado, o que já foi confirmado com a localização de uma grande quantidade de dinheiro na residência de um advogado. Chamou a atenção, o fato dos agentes assim que deixaram o TJ seguirem para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) com os três desembargadores. A assessoria de imprensa do órgão confirmou, mas não explicou o motivo da passagem.

Sob a coordenação do delegado Guilherme Ronaldo Campos, participaram da ação, os delegados, Edward Neves Duarte, Tarcísio Medeiros Nogueira, Suzane Paes de Vasconcelos, Érico Barbosa Alves, Rildo Rodrigues Lima e Hugo Haas.

Quem é Maet

Na mitologia egípcia, Maet ou Maat é a deusa da Justiça e do Equilíbrio. É representada por uma mulher jovem exibindo na cabeça uma pluma. É filha de Rá, o deus Sol, e esposa de Tot (alguns escritores defendem que o deus-lua Tot era o irmão de Ma’at), o escriba dos deuses com cabeça de ibis. Com a pena da verdade ela pesava as almas de todos que chegassem ao Salão de Julgamento subterrâneo. Colocava a pluma na balança, e no prato oposto o coração do falecido. Se os pratos ficassem em equilíbrio, o morto podia festejar com as divindades e os espíritos dos mortos. Entretanto, se o coração fosse mais pesado, ele era devolvido para Ammut, [deusa do Inferno, (que é parte hipopótamo, parte leão, parte crocodilo) para ser devorado]. Os deuses egípcios não eram pessoas imortais para serem adoradas, mas sim ideais e qualidades para serem honradas e praticadas. (Informações da Wikipédia)



*Fonte: http://www.oprogresso-ma.com.br/progresso1.html

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