quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Inflação maior sugere necessidade de subir juros no curto prazo, diz BC

Inflação maior sugere necessidade de subir juros no curto prazo, diz BC

Avaliação é do diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton.
Objetivo seria conter descompasso entre oferta e demanda, avalia ele.

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araujo, informou nesta quarta-feira (22) que a subida da previsão de inflação da autoridade monetária que aconteceu desde setembro deste ano, conforme divulgado no relatório de inflação, "sugerem" a "necessidade de implementação no curto prazo de ajustes [para cima] na taxa básica de juros". Este é mais um sinal de que o BC pode subir os juros já em janeiro do ano que vem.

"Entendemos que, no regime de metas para inflação, desvios em relação a meta na magnitude dos apresentados sugerem necessidade de implementação, no curto prazo, de ajustes na taxa básica de juros. Esse ajuste se destinaria a conter o descompasso entre o ritmo de expansão da demanda e da capacidade produtiva da economia, bem como para reforçar ancoragem das expectativas de inflação", declarou Hamilton Araujo a jornalistas.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, ocorrida neste mês, o BC manteve a taxa básica de juros inalterada em 10,75% ao ano. Na ocasião, a autoridade monetária informou que a instituição entendeu que precisaria de "tempo adicional" para melhor verificar os efeitos da subida dos depósitos compulsórios, medida considerada "macroprudencial" que retirou R$ 61 bilhões da economia. Na ata do Copom, o BC informou que me medidas macroprudenciais, como a mudança no compulsório, pode preceder a subida da taxa de juros - visão reforçada no relatório de inflação desta quarta-feira.

O mercado financeiro já vinha prevendo, antes mesmo da divulgação do relatório de inflação e da análise feita pelo diretor do BC, que a taxa básica de juros subirá dos atuais 10,75% para 11,25% ao ano já na próxima reunião do Copom, marcada para janeiro do ano que vem. A reunião será a primeira comandada por Alexandre Tombini, nome indicado pela presidente eleita, Dilma Rousseff, e aprovado pelo Senado Federal, para comandar o BC a partir de janeiro.





*Fonte: http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/2010/12/inflacao-maior-sugere-necessidade-de-subir-juros-no-curto-prazo-diz-bc.html

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