sexta-feira, 6 de maio de 2011

Câncer de pênis atinge 10% da população

Câncer de pênis atinge 10% da população

Estado apresenta 10,66% dos registros de incidência da doença. Homens resistem fazer exame de toque. Este tipo de câncer

Cinquenta mil novos casos de câncer próstata por ano são diagnosticados no Brasil. O dado é da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), que atribui à resistência do homem em prevenir a doença ou tratá-la em seu estágio inicial. Dentre as doenças que afligem o homem, o câncer de pênis é o que mais mata. O Maranhão ocupa o terceiro lugar no ranking de maior incidência de casos com 10,66% dos registros. No entanto, o de próstata é o mais comum, diz a SBU. Em 2010 foram registrados 52 mil casos, destes, 12 mil com morte, um aumentou em 120%. De fácil tratamento se detectado em sua fase inicial, o câncer de próstata apresenta cura em 90% dos casos.

O exame mais eficaz é o preventivo feito por meio do exame digital ou toque retal, método que acaba por afastar os homens. "Ainda há esse impasse, mas, atualmente, também devido a campanhas e casos noticiados na mídia, o homem começa a perceber a importância de se cuidar", ressalta o urologista e presidente da SBU, Luís Carlos Cantanhede. E alerta: apenas por este exame o diagnóstico pode ser dado com precisão. Segundo o médico, 90% dos tumores se concentram em zona periférica, só percebidos no exame de toque. A este se somam os exames de sangue (PSA) e ultrassonografia.

A idade indicada para o primeiro preventivo é aos 40 anos. A partir daí, o homem deve se submeter ao diagnóstico anualmente. Uma ação da SBU, realizada nacionalmente e simultaneamente em 28 cidades, foca a informação e o diagnóstico de disfunções eréteis.

Segundo o Ministério da Saúde, mais de três mil homens brasileiros convivem com a doença que ocorre basicamente por falta de informação. A ação traz o tema "Movimento pela Saúde Masculina" e encerra com a meta de alcançar 400 homens na capital maranhense. Os homens são atendidos em uma carreta instalada na área externa do Rio Anil Shopping dotada de miniclínica para consultas e exames físicos.

Seis médicos urologistas, quatro enfermeiros e equipe de apoio se revezam nos atendimentos. Antes de submeter-se ao médico, o paciente assiste a um vídeo informativo sobre o problema, a incidência e formas de tratamento. Após, é encaminhado à carreta onde passa por consulta, e, se for o caso, por exame físico.

Em todo o país, 10 mil homens devem ser atingidos com a campanha. Em São Luís, este é o primeiro ano que a ação se realiza.

Diferente do que era esperado, os homens que comparecem à ação vão sozinhos. O incentivo vem do medo de ser acometido pelo problema, diz o aposentado Cléber Oliveira da Silva, 66 anos. Este é o segundo ano que o aposentado fará o diagnóstico, mas reconhece estar atrasado no prazo. A última vez que esteve em consulta de próstata foi há três anos. "Não gosto de ir a médicos. Estou aqui porque vi na mídia e me interessei", diz ele.

Em seu último exame Cléber apresentou pequena alteração no órgão, mas não foi diagnosticado câncer. Enquanto aguardava atendimento, o aposentado revia os folhetos informativos distribuídos na campanha. Na sala de espera, mais homens esperavam para saber sua situação. Do lado de fora, outro grupo, de cerca de 30 homens aguardavam para ter acesso às informações. Todos desacompanhados das esposas, irmãs ou mães.

PERSONAGEM DA NOTÍCIA

Prevenir para não adoecer

"Eu tinha problema quando o assunto era esse exame. Não queria fazer, mas, apareceu essa oportunidade aqui, eu %u2018tava%u2019 passando e parei", relata o pintor automotivo Jairo Bezerra da Cruz, 33 anos, morador da Vila Operária. Apesar de não estar na idade determinada para fazer o preventivo de próstata, Jairo decidiu antecipar e se informar de outros problemas que atingem o homem. Jairo assume ainda ter o medo que muitos homens carregam consigo: o de ficar impotente. É a primeira vez que consulta com um urologista e disse não ter o hábito de ir a médicos. Jairo não teve medo de perguntar e saiu feliz com o diagnóstico negativo de problemas de disfunção erétil. "O médico me passou umas informações e disse pra continuar nas consultas. Eu vou continuar porque não quero ficar doente", disse.


*fonte: http://www.oimparcial.com.br/

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