Os negros são maioria no Brasil, mas ainda são os mais pobres e estão mais expostos à mortalidade por causas externas, principalmente homicídios.
Esta é a conclusão da pesquisa sobre a "Dinâmica Demográfica da População Negra Brasileira" realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Os dados foram divulgados na véspera do dia 13 de maio, data que marca a Abolição da Escravatura no Brasil e também o Dia Nacional de Denúncia Contra o Racismo.
Entre os dados destacados pela pesquisa está o aumento da população negra que pulou de cerca de 75 milhões, em 2000, para 97 milhões, em 2010. O número superou a quantidade de brancos registrada em 91 milhões e que, desde as pesquisas censitárias na década de 1980, era a maioria populacional.
De acordo com o Ipea, a mudança pode ter ocorrido por dois motivos: pela fecundidade mais elevada encontrada entre as mulheres negras ou um possível aumento dos que se declararam negros ou pardos no último censo.
Esse sentimento de assumir a negritude é destacado por pesquisadores como um dos fatores importantes do combate ao racismo no Brasil e da implantação de políticas afirmativas para negros. O antropólogo maranhense Carlos Benedito Silva, mais conhecido como Carlão, avisa que existe a necessidade de criar mais referências positivas sobre os negros. "A imagem construída em nossa sociedade sobre o negro é da inferioridade, da incapacidade.
Com a luta dos movimentos sociais e uma exposição de artistas, atores e intelectuais negros, forma-se uma nova referência", explica.
*Fonte:http://www.guiademidia.com.br/acessar_jornal.htm?http://www.tribunadotocantins.com.br/
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