segunda-feira, 16 de maio de 2011

Ipea: negros estão mais sujeitos à mortalidade, e preconceito ainda é grande

Ipea: negros estão mais sujeitos à mortalidade, e preconceito ainda é grande


Os negros são maioria no Brasil, mas ainda são os mais pobres e estão mais expostos à mortalidade por causas externas, principalmente homicídios.

Esta é a conclusão da pesquisa sobre a "Dinâmica Demográfica da População Negra Brasileira" realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Os dados foram divulgados na véspera do dia 13 de maio, data que marca a Abolição da Escravatura no Brasil e também o Dia Nacional de Denúncia Contra o Racismo.

Entre os dados destacados pela pesquisa está o aumento da população negra que pulou de cerca de 75 milhões, em 2000, para 97 milhões, em 2010. O número superou a quantidade de brancos registrada em 91 milhões e que, desde as pesquisas censitárias na década de 1980, era a maioria populacional.

De acordo com o Ipea, a mudança pode ter ocorrido por dois motivos: pela fecundidade mais elevada encontrada entre as mulheres negras ou um possível aumento dos que se declararam negros ou pardos no último censo.

Esse sentimento de assumir a negritude é destacado por pesquisadores como um dos fatores importantes do combate ao racismo no Brasil e da implantação de políticas afirmativas para negros. O antropólogo maranhense Carlos Benedito Silva, mais conhecido como Carlão, avisa que existe a necessidade de criar mais referências positivas sobre os negros. "A imagem construída em nossa sociedade sobre o negro é da inferioridade, da incapacidade.

Com a luta dos movimentos sociais e uma exposição de artistas, atores e intelectuais negros, forma-se uma nova referência", explica.


*Fonte:http://www.guiademidia.com.br/acessar_jornal.htm?http://www.tribunadotocantins.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário