O embaixador da Costa do Marfim na França, Ally Coulibaly, nomeado pelo presidente eleito do país, Alassane Ouattara, disse nesta terça-feira que Laurent Gbagbo está negociando sua rendição. Em declarações à emissora France Info, o embaixador afirmou que, segundo as informações que chegaram até ele sobre a situação em Abidjan, capital econômica do país, Gbagbo "está em negociações para se render" desde a última segunda-feira.
Coulibaly afirmou ainda que acredita que Ggagbo "está com vida", embora reconheça que Abidjan se tornou "uma feira de rumores, e não quero contribuir para a desinformação".
O embaixador admitiu, no entanto, não poder dar mais detalhes sobre o que está acontecendo de fato no país, onde as forças leais a Gbagbo lutam contra as de Ouattara.
As tropas da missão francesa Licorne, dentro do dispositivo militar das forças das Nações Unidas, atacam desde ontem as posições dos soldados de Gbagbo.
Na noite de segunda-feira, a Presidência francesa informou que o líder da França, Nicolas Sarkozy, e o presidente eleito da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, falaram por telefone, embora não tenham sido fornecidos detalhes do conteúdo da conversa.
O Eliseu informara horas antes que Sarkozy havia respondido positivamente ao pedido de ajuda militar urgente da ONU para tentar evitar que a população civil da Costa do Marfim seguisse sendo vítima de ataques de armamento pesado por parte das forças leais a Laurent Gbagbo.
Costa do Marfim: da eleição presidencial a nova guerra civil
Em 28 de novembro de 2010, os eleitores da Costa do Marfim foram às urnas na esperança de escolher o novo presidente para um país que há menos de 10 anos vivera uma violenta guerra civil. No entanto, quatro meses depois, quando o novo governo já poderia estar em plena gestação, o país se encontra dividido entre forças rivais que disputam a vitória eleitoral e, com ela, a liderança legítima da nação.
De um lado está Laurent Gbagbo, presidente desde 2000 e com sede no Sul do país; do outro, Alassane Ouattara, sediado no Norte e com amplo apoio da comunidade internacional. Enquanto a pressão pela renúncia de Gbagbo cresce e o avanço de Ouattara em direção a Abidjan se concretiza, o país se aproxima de guerra civil, na qual dezenas de milhares morreram e milhares deixaram o país.
*Fonte:http://noticias.terra.com.br/mundo/
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