terça-feira, 26 de abril de 2011

É melhor enfrentar problemas de crescimento do que os de depressão, diz Dilma

É melhor enfrentar problemas de crescimento do que os de depressão, diz Dilma


A presidente Dilma Rousseff disse que o Brasil enfrenta dificuldades, mas são "bons problemas". Segundo ela, "é sempre melhor enfrentar os problemas do crescimento do que os do desemprego, da falta de investimento, da falta de renda e da depressão econômica".

Dilma se referia ao combate à inflação, que tem preocupado o governo. Ela fez a declaração durante o primeiro encontro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de seu governo.

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O conselho reúne grandes empresários que discutem temas de relevância para o país e propõem sugestões ao governo.

Dilma considerou o problema da inflação de certa forma positivo porque isso indica que mais pessoas estão com dinheiro para consumir. A inflação ocorre quando muita gente tenta comprar bens e não há produtos suficientes.

As pessoas aumentam suas compras quando há crédito fácil e barato. Se os juros sobem, as prestações do crediário ficam mais difíceis de pagar e, em tese, há redução do consumo e controle da inflação.

Dilma diz que vai cumprir compromisso de combater inflação.

"Tenho compromisso com o controle da inflação. Disse isso no meu discurso de posse e durante a campanha. E cumpro meus compromissos. Também tenho compromisso com crescimento econômico e social. É isso que gera empregos e inclui cidadãos", declarou Dilma.

A presidente também rebateu críticos que pedem mais medidas econômicas contra a inflação. Ela disse que a política econômica tem de ser conduzida com "serenidade", e o governo não pode "aquecer" o cenário da economia. "mais do que o necessário".

"Compreendo que alguns tenham dúvidas a respeito [da política econômica do governo], cobrem diariamente novas medidas contra tal ou qual desequilíbrio. Mas compreender calor e paixão não podem significar para o governo aquecê-lo mais do que o necessário", afirmou.

A presidente disse que os ajustes serão feitos quando houver necessidade. "Não nos furtaremos em colocar em ação todas as medidas que considerarmos necessárias e urgentes".

Dilma disse que o país "mudou os caminhos do desenvolvimento econômico. Assumimos que não há contradição entre crescimento e desenvolvimento social".

Inflação tem preocupado governo, e BC aumenta juros

A inflação tem sido uma das maiores preocupações do governo de Dilma Rousseff. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, elevou a taxa básica de juros (a Selic) em 0,25 ponto percentual, para 12% ao ano, o maior nível desde janeiro de 2009, quando era de 12,75%.

Relatório trimestral de inflação do BC, divulgado no fim de março, já mostrava que o Banco Central espera inflação de 5,6% para este ano.

O centro da meta de inflação estabelcido pelo governo para este ano é 4,5%, com tolerância de dois pontos para baixo e para cima (ou seja, pode ir de 2,5% a 6,5%).


*Fonte:http://economia.uol.com.br/

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