Presidente do Inep diz que 'não considera' anulação do Enem
Estudantes reclamaram de erro na folha de respostas e na prova amarela.
Inep estuda possibilidade de nova prova para quem foi prejudicado.
O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Joaquim José Soares Neto, disse, nesta segunda-feira (8), que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não deve ser anulado, apesar dos problemas verificados no fim de semana. "Não consideramos nenhuma condição de anulação", afirmou, em entrevista ao "Jornal Hoje".
O Enem 2010 foi aplicado neste fim de semana, em todo o país. No sábado, estudantes reclamaram de erros na folha de respostas e na prova amarela. O Ministério da Educação (MEC) já admitiu as falhas.
Na entrevista, Soares Neto disse que, no sábado, o Inep teve uma "atuação rápida" em relação aos erros nos cadernos amarelos e orientou os fiscais a trocarem as provas. "Em relação ao gabarito, passamos informação clara e precisa para seguir a ordem numérica [na folha de respostas]", afirmou.
Ministério da Educação terá 10 dias para anular prova do Enem, diz DPUGráfica confirma defeito em 21 mil provas amarelas do 1º dia do EnemConfira perguntas e respostas sobre os principais problemas do EnemEstudante lamenta erro de impressão na folha de respostas do EnemEstudantes reclamam de confusão em prova amarela do EnemVeja as fotos do Enem 2010Ele ainda falou sobre a nota divulgada pela gráfica RR Donnelley Moore, que imprimiu as prova. De acordo com Soares Neto, "a gráfica assume a responsabilidade pelos cadernos amarelos" e diz que vai adotar as medidas necessárias para solucionar os problemas e garantir os direitos dos estudantes que teriam sido prejudicados.
O presidente do Inep ressaltou que deve ser aberta uma página na internet, a partir de quarta-feira (10), para os alunos que preencheram a folha de respostas seguindo os cabeçalhos solicitarem a correção invertida. O sistema vai funcionar até o dia 16.
Sobre o caderno amarelo, ele disse que o Inep ainda está estudando a possibilidade de reaplicar a prova para os estudantes que foram prejudicados e evitou falar sobre o número de inscritos que realmente ficaram com o caderno errado. "Estamos levantando o problema", comentou.
A nova prova deve acontecer entre o fim de novembro e o início de dezembro.
Entenda os erros
No sábado, logo depois de saírem das provas, os estudantes que participaram do Enem reclamaram do erro na folha de respostas e no caderno amarelo.
No caderno de questões, as primeiras 45 questões eram de ciências humanas e suas tecnologias e as outras 45, de ciências da natureza e suas tecnologias. No caderno de respostas, o primeiro subtítulo, referente às primeiras 45 respostas, era de ciências natureza. E, depois, havia o anúncio das respostas de ciências humanas.
Em relação às provas amarelas, os inscritos reclamaram que faltavam algumas questões, que outras estavam duplicadas e que questões diferentes estavam a mesma numeração. Além disso, havia perguntas da prova branca misturadas no meio do caderno amarelo.
O Inep informou que a abstenção nos dois dias de prova ficou dentro do esperado. No sábado, o índice foi de 26,7% dos inscritos. No domingo, 29,2%. De acordo com nota divulgada pelo MEC, 3,3 milhões de estudantes fizeram provas no fim de semana.
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