Entrada de dólares no país soma US$ 5,2 bilhões em maio, informa BC
Ingresso sobe frente a abril, mas é menor que nos primeiros meses do ano.
Entrada de recursos se deu unicamente pela conta comercial em maio.
O Banco Central informou nesta quarta-feira (8) que o ingresso de dólares na economia brasileira somou US$ 5,2 bilhões em maio. O valor é maior do que o mês de abril, quando houve a entrada de US$ 1,5 bilhão no país, mas é menor do que janeiro (+US$ 15,5 bilhões), fevereiro (+US$ 7,4 bilhões) e março (+US$ 12,66 bilhões) deste ano.
O ingresso de recursos no país em maio, porém, aconteceu somente pelo segmento comercial, que contabiliza os contratos de câmbio para exportações e importações. Pela conta comercial, ingressaram US$ 7,26 bilhões no mês passado.
Pelo segmento financeiro, pelo qual transitam os investimentos estrangeiros diretos e os recursos para aplicações financeiras, além das remessas de lucros e dividendos e empréstimos tomados no exterior, entre outros, o saldo ficou negativo em US$ 2 bilhões em maio.
Esse é o segundo mês de saldo negativo no segmento financeiro. As saídas de dólares por esta conta começaram a acontecer após o governo ter elevado o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para 6% sobre empréstimos buscados pelas empresas no exterior.
Medidas já adotadas
O governo já anunciou, nos últimos meses, várias medidas para tentar conter a queda da cotação do dólar frente ao real - fator que encarece as exportações e torna as importações mais baratas.
Em outubro do ano passado, o ministro da Fazenda anunciou a elevação do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações de estrangeiros em renda fixa no país de 2% para 4%. No mesmo mês, subiu de novo o tributo para 6%, e estendeu sua cobrança às operações no mercado futuro (derivativos).
No começo deste ano, o Banco Central anunciou uma medida para tentar baixar a posição vendida dos bancos no mercado de câmbio, que alcançou a marca de US$ 16,8 bilhões no mês de dezembro, e, com isso, frear a queda do dólar. Na ocasião, o BC impôs um depósito compulsório de 60% sobre a posição dos bancos que exceder US$ 3 bilhões ou o patrimônio de referência da instituição.
A autoridade monetária também anunciou, no começo deste ano, que voltaria a atuar com contratos de "swap cambial reverso" - operações que equivalem à compra de divisas no mercado futuro. A decisão que foi aplaudida pelo ministro Guido Mantega, uma vez que as aquisições no mercado futuro contribuem para uma queda menor, ou aumento do dólar, no mercado à vista.
Além disso, o governo também já autorizou, embora ainda não tenha utilizado este instrumento, a possibilidade de o fundo soberano brasileiro comprar moeda norte-americana nos mercados à vista e, também futuro.
*Fonte:http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/06/entrada-dolares-soma-us-52-bilhoes-em-maio-informa-bc.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário