quarta-feira, 23 de março de 2011

Prévia da inflação oficial desacelera para 0,60% em março, diz IBGE

Prévia da inflação oficial desacelera para 0,60% em março, diz IBGE

Nos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 6,13%.
Gastos com educação pesaram menos e contribuíram para resultado.

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), prévia do índice oficial usado para basear as metas do governo de controle dos preços, desacelerou para 0,60% em março, conforme informou nesta quarta-feira (23), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em fevereiro, a prévia ficara em 0,97%. Nos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 6,13%. Considerando o mesmo período do ano passado, a taxa ficara em 0,55%.

Já o IPCA-15 acumulado nos últimos três meses, chamado de IPCA-E, ficou em 2,35 % no primeiro trimestre de 2011, taxa superior à registrada no mesmo período de 2010 (2,02%).

Os rumos da inflação têm estado no centro das discussões no mercado financeiro e no governo. No último boletim Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (21), os economistas subiram a sua previsão para o IPCA de 2011 de 5,82% para 5,88%.

Um dia depois, o presidente do BC, Alexandre Tombini, disse que que os preços dos alimentos, que sobem em todo mundo por conta da elevação dos preços das "commodities" (produtos com cotação internacional), juntamente com os preços do serviços - que avançam no Brasil em decorrência do crescimento da massa salarial - têm o peso de quase metade da inflação brasileira. Segundo ele, os alimentos respondem por cerca de 25% da inflação oficial, assim como os serviços

Neste mês, a desaceleração da prévia do IPCA, segundo o IBGE, se deve ao grupo de gastos com educação. Depois de subir em fevereiro, por conta dos reajustes típicos dos preços de mensalidades, a variação dos preços passou de 5,88% para 1,03%. Dessa forma, a taxa do conjunto de produtos não alimentícios passou de 1,09% em fevereiro para 0,64% em março.

Também contribuíram para o resultado de março os preços de alimentos, cuja variação foi de 0,57% para 0,46%. No mês, a maioria dos produtos passou a custar menos. Consideradas vilãs no fim do ano passado, as carnes tiveram queda de 2,33% no preço e exerceram a principal contribuição.

Seguindo o movimento de desaceleração, as despesas com saúde e cuidados pessoais também registraram menor variação, passando de 0,52% para 0,35%, com destaque para remédios (de -0,07% em fevereiro para -0,11% em março) e artigos de vestuário (de 0,13% em fevereiro para -0,37% em março).

No grupo despesas pessoais, a variação de preços recuou de 1,17% para alta de 1,04%, influenciada pelo item recreação (de 1,19% para 0,39%).

Ainda mais caros

Na outra ponta, registraram aceleração os preços relativos a transporte (de 1,04% para 1,11%). As passagens aéreas, que haviam apresentado queda de 11,45% em fevereiro, subiram para 29,16% em março.

Perspectivas

De acordo com Tombini, o cenário central, com o qual a autoridade monetária trabalha, aponta que, a partir do segundo trimestre, a inflação local tende a se deslocar para níveis compatíveis com o centro da meta [de 4,5%, tendo por base o IPCA]. "Em 12 meses, há patamares elevados até o terceiro trimestre. É um efeito estatístico por conta do cenário base de 2010. É uma inércia por conta da inflação elevada de 2010", disse ele.








*Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/03/previa-da-inflacao-oficial-desacelera-para-060-em-marco-diz-ibge.html

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