Kelly Alves Lima, 29 anos, estava presa em cumprimento de mandado de prisão da Justiça de São Paulo
Depois de 23 dias de prisão e muita angústia, foi colocada em liberdade, na manhã dessa quarta-feira (23), a doméstica Kelly Alves Lima, 29 anos. Kelly estava presa em uma das celas da Delegacia do 5º Distrito Policial, na Vila Lobão, depois de ter sido presa em cumprimento a mandado de prisão decretada em seu desfavor pela Justiça de São Paulo.
Kelly é acusada de pertencer a uma quadrilha – composta em sua maioria por mulheres e pelo menos cinco maranhenses – que aplicou vários golpes na capital paulista usando o método do "Boa noite, Cinderela", que consiste em dopar as vítimas para depois roubá-las de todos os seus pertences.
Kelly, desde a sua prisão, sempre falou que era inocente e que alguém estaria usando o seu nome para fazer o mal.
A revogação da prisão teria sido resultado da ação impetrada pelo advogado de defesa da acusada, Sálvio Dino, que viajou para São Paulo. O advogado reuniu provas e mostrou que a jovem nunca pertenceu a essa quadrilha e que jamais tinha saído sequer do Maranhão. Em São Paulo, houve também o trabalho da advogada Maria das Dores Alexandre, a primeira que interviu a favor de Kelly e mereceu, inclusive, citação do juiz Antonio Carlos de Campos Machado Júnior, que revogou a prisão preventiva da doméstica, o que permitiu a emissão imediata do alvará de soltura. O documento chegou ao delegado regional de Imperatriz, Francisco de Assis Ramos, por meio de um fax e foi cumprido imediatamente.
Neste caso, houve uma grande corrente com a participação da família de Kelly, amigos e a imprensa. Os próprios policiais não acreditavam no envolvimento de Kelly neste caso.
Logo após ser liberada, Kelly disse estar muito feliz com a decisão da Justiça, pois tinha certeza da sua inocência. "Estou muito feliz, não tem como explicar ter a minha liberdade de volta. É muito ruim a pessoa pagar uma coisa que não deve", avaliou Kelly.
Durante os dias em que esteve presa, Kelly disse que passava a maior parte do tempo lendo a Bíblia.
Mesmo tendo sido liberada com a revogação da prisão preventiva, Kelly Alves Lima vai ter de cumprir as determinações da Justiça até que definitivamente seja provada a sua inocência. O juiz concedeu a ela cinco dias para provar a questão dos nomes dos pais delas com os da mulher que estaria usando o seu nome, que é uma das provas.
*Fonte: www.oprogresso-ma.com.br
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