Estudantes ocupam administração para reivindicar moradia na Unicamp
Protesto foi motivado por reintegração de posse que ocorreu nesta quinta.
Segundo pró-reitor, não haverá negociação se ocupação continuar.
Estudantes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) ocuparam a administração da moradia estudantil, em Campinas, na manhã desta quinta-feira (3).
Os manifestantes reivindicam o aumento de vagas de moradias estudantis para 1.500. Segundo eles, atualmente o número de vagas fica em torno de 850. De acordo com a Unicamp, o número é de 1.000.
"Pretendemos ficar até que haja um diálogo com a reitoria. Esta é a nossa única casa", disse um estudante que participa da ocupação e preferiu não se identificar. Segundo ele, há pelo menos 70 alunos no local.
O protesto foi motivado pela reintegração de posse de uma moradia estudantil, acompanhada pela Polícia Militar, que ocorreu entre esta quarta e quinta-feira.
Em nota, a Unicamp informou que o processo se refere a um morador que obteve vaga na moradia da Unicamp em 2007, mas desde 2008 passou a ocupar o imóvel de maneira irregular por não apresentar documentação que comprovasse seu enquadramento nos critérios socieconômicos adotados pelo programa.
"De 2008 até o início de 2011, a Unicamp buscou, por todas os caminhos institucionais e de maneira conciliadora, regularizar a situação do morador, mas não obteve a contrapartida necessária", diz o texto.
Sem negociação
O pró-reitor de graduação da Unicamp, Marcelo Knobel, disse ao G1 que enquanto os alunos estiverem ocupados não haverá negociação. "Estamos estudando maneiras de atender as reivindicações, mas não podemos admitir que um espaço público seja invadido."
Knobel garantiu que nenhum estudante que necessite de apoio para estudar, seja por meio de moradia, bolsa ou outra ação, está desassistido. "O número de vagas [nas moradias estudantis] que temos atualmente garantem assistência a todos os estudantes que precisam. A decisão de aumentar vagas cabe ao conselho universitário."
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