domingo, 6 de junho de 2010

SOBRE OS RISCOS NA VIDA E NA POLÍTICA


3. Clayton Noleto - Presidente Municipal do PCdo B, postado em 22 de maio de 2010


O professor Dimas Salustiano, ao se prender meramente à exposição dos fatos, assume o risco de provocar interpretações dúbias quanto ao seu pocionamento diante à vergonhosa iniciativa de parte do PT em apoiar a candidatura de Roseana Sarney. Seria bom se os posts viessem acompanhados de uma reflexão crítica quanto ao relatado.

Clayton Noleto - Presidente Municipal do PCdo B de Imperatriz


3. Prezado Clayton, dileto amigo:


Preliminarmente quero parabenizá-lo pela candidatura a Deputado Federal, nossos dirigentes estaduais escolheram bem.

Sobre seu comentário, cada uma das respostas acima são suas respostas também.

Mas, antes, só posso dizer que tudo na vida está por um triz e cada ação traduz um risco.

Fique tranqüilo amigo jamais sentarei no colo do PSDB ou de seus governos, não tenho história de trair meus amigos e ideais, por muito tempo ando uma trajetória de honestidade e retidão, já fui convidado para muitos governos e coisas boas, porém preferi os amigos, a poesia e as estrelas.

Por isso lhe ofereço uma poesia em nome de todos meus irmãos e camaradas de Imperatriz:

Este é tempo de partido,


tempo de homens partidos.


Em vão percorremos volumes,
viajamos e nos colorimos.
A hora pressentida esmigalha-se em pó na rua.
Os homens pedem carne. Fogo. Sapatos.


As leis não bastam. Os lírios não nascem
da lei. Meu nome é tumulto, e escreve-se na pedra.


Visito os fatos, não te encontro.
Onde te ocultas, precária síntese,
penhor de meu sono, luz
dormindo acesa na varanda?


Miúdas certezas de empréstimo, nenhum beijo
sobe ao ombro para contar-me
a cidade dos homens completos.


Calo-me, espero, decifro.
As coisas talvez melhorem.


São tão fortes as coisas!
Mas eu não sou as coisas e me revolto.
Tenho palavras em mim buscando canal,
são roucas e duras,
irritadas, enérgicas,
comprimidas há tanto tempo,
perderam o sentido, apenas querem explodir.


("Nosso Tempo" de Carlos Drummond de Andrade)

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