sexta-feira, 14 de maio de 2010

O ZÉ TELES E A MELHOR GALINHA CAIPIRA DE IMPERATRIZ.

A galinha do Zé Teles em termos exatos é uma lenda, a bem da verdade a galinha caipira de sabor sem igual em Imperatriz é preparada eximiamente pelas mãos precisas de D. Vera, consorte do Zé Teles, que nos quatro cantos da cidade, é quem acaba levando a fama pela feitura da iguaria. Não poderia ser diferente, o Zé Teles está sempre ali atendendo aos pedidos, com seu bigode inconfundível de soldado mexicano, uma pança de dono de bar e o humor de um brasileiro aposentado.

De fato, o sorriso largo e acolhedor de D. Vera, está invariavelmente escondido dos olhos da freguesia. Nos fundos da casa simples, enclausurada à cozinha, como que uma premiada cientista de um laboratório de química orgânica, entre temperos e condimentos mágicos, a nossa chefa prepara o único prato servido na casa, a saborosa e imperdível – Galinha do Zé Teles. Os generosos acompanhamentos, para bons maranhenses, são uma pratada de arroz, baião de dois, pirão de parida, salada, macarrão, farinha e pimenta. Uma boa dica: a cerveja é geladíssima e não tem dez por cento.

Contudo, por mais impressionante que possa parecer uma grande maioria dos bairristas cidadãos de Imperatriz, não conhecem o Zé Teles, e tampouco experimentaram ainda da galinha caipira prepara por da D. Vera. E de fato, não precisam conhecer ou imaginar que existe. Não sabem, entretanto, o que estão perdendo. A galinha é sempre gorda e serve de cinco a seis pratos, mesmo que estejam à mesa aqueles camaradas bons de boca.

O Zé Teles adquiriu o status de uma entidade, ao meu juízo não dá para ser chamado de restaurante, dizer que é uma quitanda desqualifica, também não é exatamente um bar, quase sempre fecha a noite. E se o Zé Teles é indagado por que não abre no período noturno, logo responde, porque de noite eu durmo.

Pronto, o estabelecimento está localizado para as bandas do antigo curtume, no Barranco ou Beira Rio, sem urbanização é claro, em uma rua esburacada, com relevo acidentado e sem calçamento. De forma paradoxal, está entre dois imponentes edifícios da cidade onde reside a nata da burguesia da Imperatriz. Para os que torcem o nariz para as coisas simples do povo, o Zé Teles não tem serviço de delivery, afinal ele não faz a mínima idéia do que seja isso, mas aceita encomendas e o freguês vai buscar.

No boteco do Zé Teles faz um calor de lascar, daí, talvez por isso, a cerveja seja sempre estupidamente gelada. Um observador atento pode ver uma invenção que faz jorrar água por sobre o telhado da casa, uma tentativa inútil de amenizar o calor. A principal edificação é um misto de alvenaria e madeira, que oferece como que um terraço, feito uma puxada, a conferir prolongamento ao espaço onde é servido o manjar.

O Zé Teles é aquele sujeito admirável na sua simplicidade, na sua fala mansa e na sua modéstia. É um aposentado que se vira e tem que continuar trabalhando ao lado de D. Vera, sua mulher, a verdadeira inventora da melhor galinha caipira de Imperatriz, isso ao meu juízo e sabor.

Deixo uma dica de professor. Vá conferir as coisas da sua cidade na Rua Brasil, nº 106, em Imperatriz - MA ou ligue para fazer um pedido no fone (99) 35270086.

Um comentário:

  1. Sobre Roseana Sarney e o PT:

    Sorrir ao lado de Roseana Sarney (eleita pelo TSE) – como fazem tâo candidamente Monteiro e Washington – significa debochar da maioria absoluta da população Maranhense, que vive com índices de desenvolvimento Moçambicanos.

    Ontem, assistindo ao filme “Lula, o filho do Brasil”, deparei-me, não sem verter lágrimas, com a cena em que a primeira esposa do nosso querido presidente morre num hospital por falta de atendimento decente. Lembrei-me imediatamente de quantas mulheres morrem no Maranhão devido á mesma causa, apenas para citar um exemplo, ou seja, nenhuma ambição, por melhor que pareça, suporta tanta contradição.

    Quanto a nós, do PCoB, devemos manter nossa altivez; devemos continuar avançando, apesar de todas as dificuldades; devemos levar nossa mensagem de esperança a todos os lares do Maranhão; devemos falar aos corações do povo maranhense com a nossa sinceridade e coragem.

    Tenho a convicção de que não tardará até que o Maranhão perceba, enfim, que pode ser feliz!

    Clayton Noleto
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