Do blogue do
Kenard
Presas as sete pessoas envolvidas – entre
executor, mandantes e cúmplices – no assassinato do jornalista Décio Sá, pende
a dúvida sobre a arma do crime, uma pistola ponto 40. Do fim dessa dúvida
depende o esclarecimento da participação do capitão Fábio Saraiva.
Blogues ontem e jornais impressos hoje disseram que a polícia tem que a arma pertencia ao capitão PM Fábio Saraiva, que se encontra em prisão temporária. Consta – embora eu não tenha lido em parte alguma – que o capitão entregou espontaneamente a sua arma para ser periciada (exame de balística).
Consta também – e isso eu li – que o assassino, segundo a polícia, teria jogado a arma do crime no mar.
De mãos dadas com a lógica, pode-se dizer:
1) que as armas não são as mesmas, afinal a do crime tem de estar no fundo do mar;
2) que se realmente foi o capitão que conseguiu a arma, trata-se de outra arma, restando à polícia provar;
3) que se a polícia já monitorava Júnior Bolinha, amigo de infância do capitão Fábio, este obviamente caiu na rede de monitoramento de Bolinha. Ou seja, o capitão não está preso somente por conta da arma (suas conversas ao telefone com Bolinha, se vieram a acontecer, por exemplo, estão com a polícia. A polícia deveria dizer algo a respeito, ou cria mais uma confusão numa série de informações confusas);
4) que a prisão, por ser temporária, deixa claro que a polícia não tem tanta segurança na participação direta do capitão no assassinato, ou não seria temporária. É temporária porque algo ainda precisa ser aclarado, convenhamos.
Assim, no meu entender, a participação do capitão e a origem da arma não estão esclarecidas. Há névoa sobre as duas coisas. Seria conveniente, para dizer o mínimo, que a polícia procurasse dissipar a névoa o quanto antes. Do contrário, um culpado pode ser solto, ou, se inocente, ter a vida destruída.
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