Em ano de Copa do Mundo, Imperatriz merece um estádio moderno. Na terça-feira, dia 13 de abril vamos ao jogo, vamos ao novo Estádio Frei Epifânio D’Abadia, fazer a festa e torcer pelo futebol. E assim, vamos embalados em clima de Copa do Mundo. Quanto custou a obra, quantas peraltices foram feitas para que fosse entregue? Isso deve ser apurado. Nós merecemos, o Estádio sim, a corrupção não. Mas, como diz Caetano: “O mal é bom e o bem cruel”.
Vamos ao que interessa, ao futebol. De quatro em quatro anos é assim, o politeísmo toma conta da humanidade. Não há apenas um Deus a salvaguardar os destinos dos povos. Os Deuses do futebol adquirem formas inimagináveis em uma mitologia singular. A copa do mundo nos apresentará cores, vivas, urros, sorrisos, lágrimas, espetáculos e as lições que destruirão ou consagrarão novos e velhos mitos.
Proteu, um dos muitos da mitologia grega, Deus marinho que conhece o futuro, mas evita revelá-lo, é sabedor, de antemão, que promessas não serão cumpridas. Desde a gênese sabe também, que reina uma verdade absoluta na copa do mundo, dos muitos participantes, os protagonistas são escassos e os coadjuvantes são em maior número. Dessa realidade, o certo é que ao fim e ao cabo pouquíssimos vencerão e apenas um subirá ao Olimpo para ser ungido campeão do mundo.
O Brasil, país do futebol, a pátria de chuteiras, faz vergar nórdicos, “vikings”, potências nucleares e “locomotivas econômicas”. A magia do esporte nos eleva à potência futebolística. Nesses dias de conclave planetário fazemos tremer outros povos, nosso hino é entoado com emoção indescritível e nossas cores são sustentadas com admiração pelos outros e orgulho por nós brasileiros.
Tanto prestígio não nos permite esmorecer, desde as eliminatórias já se busca o hexacampeonato, menos que isso é nada, decepção e tristeza. Somos os únicos a vencer cinco vezes só nos é permitido, pois a sexta conquista. Para alcançar o supremo objetivo todos dão palpites na escalação, cada um se transforma no técnico mais experiente. As mulheres constituem um espetáculo à parte, entre gritos e suspiros escalam nossos jogadores segundo critérios de estética, simpatia, virilidade e até arriscam análises táticas para justificar seus eleitos no escrete canarinho.
Esta jovem e alegre nação, que tantas razões tem para ser infeliz e triste, em tempos de copa do mundo se transforma. É hora de esquecer os escândalos na política, a inflação, a taxa de juros, índice de inflação. Só é possível pensar em um risco Brasil, bem distante daquele determinado pelos analistas de mercado, não sermos campeões do mundo. Tudo é festa, nossa bandeira tremula nos carros e sacadas. Cada rua e cada bairro, os bares e escolas, hospitais e repartições públicas todos se vestem de verde e amarelo.
Tudo isso aparentemente é meio sem graça e ilógico. Afinal de contas que graça tem vinte e dois marmanjos correndo desesperados atrás de uma bola? É difícil afirmar. Mas, a FIFA tem mais filiados que a ONU; A copa do mundo é um evento esportivo transmitido para o mundo todo via rádio, televisão ou internet; Uma partida de futebol consegue o cessar fogo em uma guerra civil; Na copa vimos no mesmo gramado Portugal contra sua ex-colônia, Brasil; Na mesma competição estão EUA e Irã, ou ainda, Inglaterra e Argentina. O Brasil que jamais faltou a uma copa, sempre exibe alegria, beleza e graça ao mundo todo demonstrando que competir é fazer amigos.
O Futebol ensina que a paz é possível, que as controvérsias podem ser resolvidas pelo diálogo e pelas vias diplomáticas. Nessa área, apesar das críticas e do complexo de inferioridade de muitos, o nosso país com a liderança do Presidente Lula dá provas inequívocas de civilidade e desenvolvimento e as outras nações têm muito que aprender com os brasileiros sempre alegres e apaixonados. Por essas e outras: Viva a Imperatriz, o Brasil e sua paixão – o futebol!
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