sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Ordem para degola em Pinheiro saiu de Pedrinhas

Ordem para degola em Pinheiro saiu de Pedrinhas

Detento de Pedrinhas mandou o líder da rebelião de Pinheiro delogar outros presos.

A ordem para execução e degola de quatro dos seis presos mortos em rebelião na delegacia de Pinheiro (região da Baixada Maranhense), no início do mês, partiu de um detento da Penitenciária de Pedrinhas, e chegou por celular. A superlotação da delegacia seria o pretexto para esconder rixa de dois líderes do motim com um terceiro colega de cela.

As afirmações são de um preso e constam em termo de audiência, com depoimento tomado em 11 de fevereiro, e que teve como testemunhas um juiz que responde por comarca da Baixada e uma advogada.

O termo chegou ao corregedor-geral da Justiça, Antonio Guerreiro Júnior, e foi mostrado ao presidente da OAB-MA, Mário Macieira, nesta sexta-feira, 18. Ambos se disseram estarrecidos com a narrativa em detalhes da rebelião.

Sabe-se pelo depoimento que a chegada de presos de Cururupu teria alterado radicalmente o dia-a-dia da cadeia em Pinheiro. O clima calmo se transformou em estopim e pólvora pela imposição das lideranças “de fora”, alguns com temperamento violento ao extremo.

Durante a revolta na delegacia, um dos líderes teria morto um taxista, arrancado um dos olhos e o jogado na entrada do corredor das celas. Um segundo chefe da revolta teria assassinado e bebido o sangue de um “idoso baixinho e moreno”. Uma família teria sido obrigada a pagar resgate para que um preso comum não morresse.

O corregedor informou ao presidente da OAB-MA que vai encaminhar o documento à presidência do Tribunal de Justiça, órgãos estaduais da Justiça e ao Conselho Nacional da Justiça (CNJ).

Segundo apurou a nossa reportagem o jovem José Ramiro, de 18 anos, que é considerado o líder do motim, teria participado da rebelião no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no dia 8 de novembro de 2010, onde foram mortos 18 presos, com três decapitações.

Segundo informações, Ramiro ficou amigo de um detento identificado apenas como "Satã". Este lhe passou todas as informações para iniciar a rebelião. Nas instruções, Satã repassou o que Ramiro deveria fazer, incluindo os presos que deveria matar, degolar e a carta de reivindicacoes que deveria ser elaborada.


*Fonte:http://www.oimparcialonline.com.br/noticias.php?id=72753

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