terça-feira, 18 de agosto de 2009

DO POVO BUSCAMOS A FORÇA

PROFISSÃO DE FÉ POLÍTICA – Por DIMAS SALUSTIANO

Neste instante que se vai delineando a nossa candidatura para Deputado Federal em 2010, entendo que algumas palavras, mesmo que poucas, devem ser pronunciadas. Vamos às palavras...

Nada na vida me foi dado de graça, tudo foi conquistado. Nada que alcancei foi fácil ou teve interferência dos influentes e dos grupos poderosos, muito pelo contrário, veio de bastante esforço, suor e dedicação. Veio das lições de casa e da educação nas escolas públicas.

Tudo que tenho, devo a Deus, a seu Zé Salustiano, meu pai, sargento da Polícia Militar do Maranhão e às severas lições de D. Delcina, minha mãe; “Comer, estudo e taca”; “Quem come do meu pirão, apanha do meu cinturão”; e por aí foi... Assim venci na vida.

Venho do povo. De um povo pobre e sofrido. Disso jamais esquecerei e por isso mesmo, sempre estou por ali e por acolá, correndo beirada.

Do povo e não dos sentimentos das elites é que retiro a força das minhas convicções. E assim, diante de mais uma empreitada no território da política (para mim ainda muito nova), faço minha confissão de fé nas palavras de quem saiu de uma aldeia da África, na Angola colônia e se formou em Medicina na Europa. Estou a me inspirar nos versos de quem liderou uma revolução e venceu. Refiro-me aqui, a Agostinho Neto, líder do MPLA – Movimento para Libertação de Angola, primeiro Presidente da República Popular de Angola.

Por isso compartilho com todos os vigorosos versos revolucionários abaixo:

DO POVO BUSCAMOS A FORÇA

Não basta que seja pura e justa
a nossa causa.
É necessário que a pureza e a justiça
existam dentro de nós.

Dos que vieram
e conosco se aliaram
muitos traziam sombras no olhar
intenções estranhas.

Para alguns deles a razão da luta
era só ódio: um ódio antigo
centrado e surdo
como uma lança.

Para alguns outros era uma bolsa
bolsa vazia (queriam enchê-la)
queriam enchê-la com coisas sujas
inconfessáveis.

Outros viemos.
Lutar para nós é ver aquilo
que o Povo quer realizado.
É ter a terra onde nascemos.
É sermos livres para trabalhar.
É ter para nós o que criamos
Lutar para nós é um destino -
é uma ponte entre a descrença
e a certeza do mundo novo.

Na mesma barca nos encontramos.
Todos concordam - vamos lutar.

Lutar pra que?
Pra dar vazão ao ódio antigo?
ou pra ganharmos a liberdade
e ter pra nós o que criamos?

Na mesma barca nos encontramos
Quem há de ser o timoneiro?
Ah as tramas que eles teceram!
Ah as lutas que aí travamos!

Mantivemo-nos firmes: no povo
buscáramos a força e a razão

Inexoravelmente
como uma onda que ninguém trava
vencemos.
O Povo tomou a direção da barca.

Mas a lição lá está, foi aprendida:
Não basta que seja pura e justa
a nossa causa.
É necessário que a pureza e a justiça
existam dentro de nós.

(Poemas de Angola - Agostinho Neto)

Um comentário:

  1. Parabéns pela 'carta de apresentação' da pré-candidatura. Tenho certeza que a renovação política do MA está prestes a acontecer!!!

    Saudações.

    Cristiano Capovilla

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