Um dia antes. Paira um clima de expectativa. Percebe-se presente a tensão própria dos grandes acontecimentos. É perceptível um burburinho que anuncia o trote dos cavalos que está por vir. Famílias inteiras se mobilizam para assistir ao desfile, arrumar as montarias, enfeitar carroças, burilar jipes, tem até caminhão com churrasqueiras e trios elétricos.
O grande dia. A cavalgada é uma festa, gentes de todos os tipos, de todas as idades, de diversos credos. É possível avistar oportunistas de toda ordem, políticos de proa ou fracassados, autoridades se misturando com a multidão, peões empedernidos, cadeiras de rodas, carroças, bicicletas, pôneis, éguas, burros. De tudo um pouco.
Tudo cheira a bagunça, farofa, doidices, cervejas, cachaças, música country, brega, sertaneja, axé music, tecnobrega, rala-e-rola. Meu Deus! Uma loucura! Alguma coisa está fora da ordem. Essa é uma primeira impressão. Entretanto, um outro tipo de olhar pode ser construído. Trata-se de uma verdadeira festa democrática, de ricos e pobres, dos fazendeiros e vaqueiros, dos mandatários e dos eleitores, dos residentes e passantes. Enfim, do povo. Um exercício em estado puro e bruto de cidadania, dos seus cidadãos para com sua cidade, para além do bem e do mal. De fato, toda e qualquer festa com grande aglomeração, tem maluquices e violência. É o lado animal do humano. Falo da farra do boi, touradas, carnaval, parada gay, jogos de futebol, natal, réveillon e tantas outras. Não é uma defesa, mas uma constatação. A cavalgada não poderia ser muito diferente. Tem lá seus problemas.
Ao final. Apesar dos rastros fecais dos cavalos e de outros animais de duas e quatro patas que vai da rua paralela ao rio tocantins até a Belém-Brasília. Fica a beleza da singularidade de um povo trabalhador cuja marca indelével está na pluralidade, na alegria e na diferença do povo brasileiro.
Notas de um transeunte inadvertido resultado da admiração e espanto diante da maior festa da Imperatriz deliciosamente banhada com as águas mornas, ora brandas por vezes cheias do seu Imperador o Tocantins. Entre o alvorecer e a manhã ensolarada do dia 4 de julho de 2009, na cidade de Imperatriz, Pré Amazônia Brasileira.
Ao final. Apesar dos rastros fecais dos cavalos e de outros animais de duas e quatro patas que vai da rua paralela ao rio tocantins até a Belém-Brasília. Fica a beleza da singularidade de um povo trabalhador cuja marca indelével está na pluralidade, na alegria e na diferença do povo brasileiro.
Notas de um transeunte inadvertido resultado da admiração e espanto diante da maior festa da Imperatriz deliciosamente banhada com as águas mornas, ora brandas por vezes cheias do seu Imperador o Tocantins. Entre o alvorecer e a manhã ensolarada do dia 4 de julho de 2009, na cidade de Imperatriz, Pré Amazônia Brasileira.
Olá caro Dimas, prazer reencontrá-lo, deixo um convite para visitar o nosso blog: www.almirbruno.blogspot.com, podemos fazer um troca de links, parabéns pelo blog.
ResponderExcluirSaudações esquerdistas
Sóstenes Salgado
O seu blog está mais bonito que o site da Unisulma...
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